O uso de meios de pagamento digitais no dia a dia tornou-se mais comum que o dinheiro físico, que circula cada vez menos nos estabelecimentos. Segundo um levantamento feito pelo Banco Central, em julho de 2024, o número de cartões de crédito foi duas vezes maior do que o de trabalhadores no Brasil, mostrando como esse é um dos métodos mais utilizados nos últimos anos.
Mas, aceitar cartões, carteiras digitais e/ou pix como forma de pagamento gera um custo para o negócio que, se não for bem-negociado, pode virar uma bola de neve ao longo do tempo. Por isso, ficar atento as atualizações de contrato com as operadoras e saber lidar de igual para igual com elas, ajudará a garantir as melhoras taxas de transação, seja no débito, crédito, compras parceladas e até na antecipação de recebíveis.
Nesse artigo, você irá aprender como conseguir informações para comparar as taxas das formas de pagamento e ter esse material em mãos para negociar com as suas operadoras de cartão.
Entenda os custos envolvidos na transação
Antes de começar, é importante saber que, para cada transação realizada, alguns custos estão envolvidos e eles mudam de acordo com a modalidade e vigência do contrato. Normalmente, uma venda feita no crédito, costuma ter uma cobrança maior que uma no débito, por exemplo. E, se o lojista solicitar ou tiver o serviço de antecipação, o desconto em cima dessa compra aumenta.
Geralmente, as taxas envolvidas em uma transação são:
- Taxa básica: realizada em cada transação. Ela muda de acordo com a forma
de pagamento (débito, crédito, parcelado, pix ou pré-pago); - MDR: cobrança feita pela utilização das maquininhas de cartão;
- IOF: Imposto sobre Operações Financeiras, cobrado pelo governo federal;
- Parcelamento: usado de acordo com o número de parcelas que o cliente
escolhe no ato da compra; - Antecipação: tarifa que só é feita se o lojista decidir adiantar o recebimento
de um ou mais valores específicos.
Essas são algumas cobranças que as operadoras costumam fazer em todas as suas transações. Você pode entrar em contato com cada maquininha e perguntar quais as porcentagens contratadas, anotar e compará-las.
Concilie suas vendas
Uma forma de iniciar essa tarefa é fazendo uma conciliação de vendas. Isso garante mais visibilidade dos detalhes, um melhor gerenciamento e até identificar diferenças de cobranças, ou seja, identificar momentos em que a maquininha de cartão aplica uma taxa errada em alguma das suas transações. Acredite, isso é mais comum do que se imagina!
Para fazer isso, pegue as informações que coletou das maquininhas, que comentamos anteriormente e, as suas últimas transações. Agora, faça as reduções e veja qual o valor líquido em cada venda.
Busque relatórios e extratos das operadoras
Diante o interesse em negociar suas taxas e até da possibilidade das suas vendas passarem por cobranças indevidas, visite o portal de cada adquirente e busque pelos relatórios e extratos, de acordo com o mês desejado. Com o contrato em mãos, veja o que foi acordado e o que está sendo descontado. Essa ação dará os melhores argumentos no ato da conversa, mostrando que você está atento e que outras operadoras prestam o mesmo serviço por valores menores.
Vale citar que, uma conciliação financeira bem-feita te ajuda a criar ou já entrega relatórios com detalhes de todas as suas transações, facilitando na hora do contato com a maquininha.
Contrate uma ferramenta especializada
Se a sua empresa possui um volume de vendas que requer uma automatização na hora de conciliar, vale contratar uma ferramenta especializada que entregará relatórios completos e personalizados, economizando tempo, sem renunciar à qualidade, eficiência e segurança.
A Equals atua no mercado financeiro há 15 anos e é especializada em gestão financeira, possui mais de 150 meios de pagamento homologados que podem ser utilizados e acompanhados, da venda ao recebimento. O software possui auditoria e certificação internacional de segurança, garantindo a veracidade de todos os dados mostrados. Eliminando o trabalho de precisar comparar venda e venda e dando mais força em seus argumentos na hora de negociar.
É hora de entrar em contato com a adquirente!
Agora que você possui todas as informações, extratos, contratos e relatórios em mãos, chegou o momento de conseguir negociar as taxas das suas transações feitas no débito, crédito e, principalmente, em compras parceladas, que são as maiores do mercado.
Durante esse contato com a empresa da maquininha, demonstre que você possui conhecimento de toda a dinâmica do serviço prestado, dando detalhes de informações, datas e horários, se necessário. E, caso tenha localizado cobranças indevidas, além de pedir a recuperação do dinheiro, use isso como argumento para negociar as taxas. Normalmente, as adquirentes oferecem novas opções que se enquadram melhor na realidade do seu estabelecimento. Mas, se isso não ocorrer, avalie o término do contrato atual e um acordo com uma nova operadora.
Nem sempre, a operadora com a menor taxa entregará o melhor serviço, sendo assim, vale negociar e colocar na balança outros aspectos que ela possui, comparada com as concorrentes de mercado. Além das taxas, leve em conta o atendimento ao cliente, portal de acesso e o envio de bobinas para a impressão dos comprovantes, por exemplo.
Essa é uma tarefa que vale ser feita quando o seu contrato atual estiver perto de vencer ou quando uma operadora entrar em contato querendo oferecer taxas melhores. Assim, você sempre estará com a oportunidade vigente mais adequada para o seu tipo de estabelecimento.
*Esse artigo foi escrito em parceria com a Equals. Para conhecer mais, clique aqui.
About The Author
Amanda Lôbo
Nasceu em Goiânia, em 1994. É graduada pela Universidade Federal de Goiás e especializada em Copywriting pela EBAC – Escola Britânica de Artes Criativas, quando então descobriu seu amor pela escrita e redação. Apaixonada por comunicação e criatividade, vivencia diariamente a experiência de descobrir que uma mente criativa pode nos levar a lugares inimagináveis e ainda bem.