Você quer que sua equipe vista a camisa, bata meta, chegue no horário, indique o salão e ainda sorria no fim do expediente?
Descubra como liderar sua equipe de salão de beleza de forma empática e estratégica. Inspire permanência, desenvolva talentos e fortaleça seu negócio com base na Lei do Salão Parceiro.
Vamos começar com uma pergunta simples:
Se você trabalhasse com você… você ficaria?
Pode parecer desconfortável no começo, mas às vezes é esse tipo de pergunta que vira a chave.
Liderança que constrói, não que aperta
Muita gente cobra engajamento da equipe, mas não olha pra qualidade do ambiente que está oferecendo.
Você quer que as pessoas sonhem com você. Mas será que elas sabem qual é o seu sonho?
Você cobra presença, mas oferece pertencimento?
Quer responsabilidade, mas compartilha visão?
Liderar é mais do que mandar. É mais do que exigir resultado.
É criar um lugar onde gente boa quer estar e continuar.
Por isso, você tem um papel fundamental: ser a inspiração para as pessoas que trabalham com você. Esquece olhar só para comissão e dinheiro. Veja além.
Entenda com quem você está lidando (de verdade)
Antes de alinhar metas, horários ou desempenho, é importante entender como a equipe está contratada:
- CLT? Aqui você pode organizar plano de carreira, avaliar desempenho, sugerir metas com mais estrutura.
- Parceria? A Lei do Salão Parceiro (nº 13.352/2016) é clara: não pode ter subordinação, nem imposição de jornada ou metas obrigatórias.
Mas isso não significa que o salão deve ser terra de ninguém.
Dá pra ter acordos, combinados e incentivos — desde que com clareza, respeito e liberdade.
O ponto é: parceiro não é funcionário. Mas também não é estranho. É alguém que precisa ver vantagem em crescer junto com o salão.
A melhor forma de fazer isso? Conheça as pessoas da sua equipe. Quais são os objetivos delas? O que elas querem conquistar na vida pessoal e profissional, usando o trabalho como meio?
Influenciar sem mandar: isso é liderança no modelo de hoje
1. Combinados não saem caro (no contrato e na rotina)
A parceria é via de mão dupla. Os profissionais não trabalham pra você, mas com você — e no negócio deles também.
Defina no papel: uso do espaço, regras de agendamento, porcentagens, diretrizes de faturamento. Nada escondido. Nada imposto.
Quer propor um incentivo por desempenho? Ótimo. Desde que seja proposto — não cobrado.
E aqui vai um reforço: pergunte quais sonhos as pessoas da sua equipe querem realizar. E como o salão pode ser o meio para isso.
Não é apenas sobre dinheiro. É sobre vida com mais qualidade. O trabalho é um caminho para isso.
2. Reconhecimento é o novo controle
Sabe o que segura muita gente boa no time? Sentir que é visto.
Elogio público. Indicação de cliente. Mimo inesperado. Uma palavra de incentivo.
O parceiro escolhe estar ali todo dia. E quando percebe que isso é reconhecido, ele fica por vontade. Não por falta de opção.
3. Sintomas que falam mais que palavras
- Alguém pede vale todo mês? Pode ser falta de previsibilidade. Cadeira vazia. Baixa rotatividade de clientes.
- Saiu do nada? Talvez não sentia segurança ou abertura pra conversar.
- Gente boa sem brilho no olho? Pode estar dando muito e recebendo pouco. Ou quer abrir algo novo e sente que ali não tem mais espaço.
Às vezes o problema não é a equipe. É o sistema. O jeito que as coisas funcionam no dia a dia.
E tudo bem. Dá pra ajustar.
O salão que retém, é o que escuta
Quer um time forte? Crie um ambiente onde as pessoas sentem que fazem parte.Gente boa quer clareza. Direção. Propósito. E, principalmente, um lugar onde confiar.A história de “um por todos e todos por um” funciona — mas só onde existe pertencer. Construa um ambiente seguro, onde cada pessoa saiba que pode crescer, contribuir e ser reconhecida.
E se for pra sair com uma pergunta na cabeça…
Não é “como eu faço pra segurar minha equipe?”
É:
“O que eu posso fazer pra que esse seja o melhor lugar onde ela já trabalhou?”
Não se prenda apenas aos compromissos financeiros. Repense seu modo de cobrar. Veja sua equipe como gente, não só como função.
E um dia por vez, implante as melhorias na sua liderança. Depois, volta aqui e me conta.
Porque no final das contas, salão que cresce não é o que grita meta.
É o que inspira permanência, crescimento e comemora conquistas junto.
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Até a próxima!
About The Author
Autor convidado Eloisa Garcia
Meu trabalho é desbagunçar a gestão de negócios da beleza e criar estratégias para chegarem ao lucro!
Natural de Tangará da Serra-MT, amo um Tereré e hoje viajo o Brasil levando muito conhecimento e transformações para o mundo da Beleza!